Texto pra Gracy

Comecei a arrumar assim que terminei o café da manhã. Já ataquei uma papelada em pilhas no chão ao lado da cama, donde eu tinha tirado tudo antes de dormir. Além da cama só tem o guarda-roupa e uma caixa arquivo no meu quarto, porque mudei a estante onde guardava livros e cacarecos femininos pro novo ~ateliê~, agora to esperando um buraco na agenda pra ir na Rua Riachuelo comprar uma escrivaninha, uma penteadeira e um cabideiro (que eu espero que me ajudem a manter tudo organizado e fofinho).
Deve ter sido a centésima vez que parei pra separar aqueles papéis. Toda vez começo, aí canso. Chega a noite tenho que deitar acabo bagunçando de novo etc. Hoje eu tava com a tarefa e este texto na cabeça então fui disposta ao êxito, mesmo desmotivada só de olhar aquele chão lotado e a cama do avesso. Eu tenho uma pira com a cama desfeita, sempre (nessas ocasiões) começo arrumando a cama senão parece que arrumar o resto não faz sentido nenhum, mas hoje sei lá por que fui direto aos papéis. Talvez porque iria usar o chão pra fazer uma maquete que eu já fiz e sujei o chão de novo. Enfim, agora são 22h e nem arrumei a cama - eu deveria começar o texto só depois que o quarto estivesse pronto?
Já aviso que o quarto não está nem perto de pronto. Arrumá-lo é sempre um processo demorado para uma pessoa como eu, minuciosa avoada. Durante o dia, como era esperado, parei várias vezes - pra comer, fazer a tal maquete, tomar banho, conversar com o Pedro e combinar um bar às 15h (cancelado devido à chuva), atender telefonemas, verificar o celular da minha mãe, verificar as redes sociais do meu grande amor platônico, planejar com azamigas uma ida ao karaokê às 21h (cancelada devido à culpa face a uma semana de provas), ME MAQUIAR.  E já que hoje é Sábado, to adiando a finalização da tarefa até amanhã. Será um lindo dia pra dobrar minhas roupas.


Texto finalizado às 00h6min de Domingo.